segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sophie’s Song

Se cada vez parece ser a última,
Os olhos vazios de uma máscara

São alheios a qualquer promessa
Quando não há ninguém que nos leve
A não ser o nosso anseio por chegar;

O que vem a ser grata proteção,
Algo que me traga mais prudência
Ao que me surge mais formoso?
Mas de mim você é mesmo sem igual
Pois parece ter tudo o que me falta;

Vamos lá, bem aqui, vamos conversar:
Sobre tudo, sobre nada, que nada sei,
Sobre o que eu não posso responder;

Vamos lá, vem aqui, vamos dialogar:
Sobre tudo, sobre nada, que nada sei,
Sobre o que em ti eu posso perceber;

A vida é mesmo um grande desengano,
O que eu não diria ao te encontrar na rua:
A felicidade é só o minuto que se sente,
O passado vem logo no segundo seguinte;

E o que nos resta é um terno desespero,
Porque tudo, mudo, transforma essa vida:
Que se faz um vírus vago de ironia e dor,
Que nos traz uma velha canção de amor;

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