segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Aeroporto

Acima de nós, o ar rarefeito,
No tempo e no espaço;
É um convite, é uma tentativa,
A se correr o risco,
Pra relegar a segundo plano,
A fuga e os defeitos;

Radares e controles ajustados:
No mapa a linha reta testemunha
A borracha que segue riscando
Diários de bordo tão nublados;

A vassoura que segue varrendo
A pista livre, corações extraviados;

Mas com tuas frágeis asas de cera
Você acha que podemos alto voar;
Mas o sol não é um gigante tolo:
Nós mal aprendemos a caminhar!

Em terra firme querer chegar
Até onde a pupila é imprecisa,
Onde é que está a diferença,
Pra quem pode, pra quem precisa?

E se for a última chamada,
Qual poltrona marca tua passagem?
Onde é que está a diferença,
Do que é enjôo, do que é bagagem?

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