segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Um Moinho De Vento Sobre A Colina...

É talvez por onde andei,
O nobre gesto desavisado:
Da insensatez e embriaguez
À nostalgia a vencer a realidade;

Era o rito e fora passagem,
Tinha um quê de seriedade:
A defender loucura e a razão
De qualquer coisa que nos valha;

Te fiz de palha uma cabana,
Não trouxe sangue na espada:
E era tudo o que eu acreditava
E eu acho até que você percebeu;

Eu fui a dor no teu ventre são,
Também guerra e paz que virão:
O cavaleiro andante que se atrasa;

Sou prisioneiro do teu tempo,
Também é parte deste inexato jogo:
Quem sabe seu lugar em volta do fogo?

E todo coração sabe de coisas,
Mesmo ainda aquelas a que não viu;

Então não quero ser desonesto:
Sou alheio ao que de resto assisto
E até encontro pessoas de verdade;

Eu quebro a parte que me toca:
Metade é o tanto que te empresto
Porque vez quando eu firo o medo;