quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

V: Pequeno Mapa Do Tempo

Eu guardei pistas por aí,

Figuras pintadas em pedra,

Poesias em espaço imaterial:

Um futuro para ti reconhecer;

E por ora já perto daqui,

Se dentro do vaso na janela,
Do meu casaco preto e gasto:

De novo meu novo aniversário;

Com os pés rentes ao chão,
De mãos dadas e mãos limpas,
Olho no olho seu olhar infantil:

Vi eu e você a procurar por mim;

Sem retoques a tua cor e o clarão:

Então admirável novo mundo se fez
À tua condição;

E recolhi meu jeito já seco do varal:

Abri meu peito à força do teu vendaval;


E a toda norma e forma - desobedecer

E em cada face e a cada fase - sobreviver

Há um gatilho por disparar:
E se passa a passo o presente
É à tua constância que me atrelo
E me atrevo a envelhecer em paz;

É o que trago e o que tenho:
Mas que isso leve até me pese

Levo como saudade não vulgar

A não vogal que inicia o teu nome;