sábado, 25 de junho de 2011

Genebra

Do que se leva por suave
Volta uma justa proporção:
O que você não devia deixar,
O que eu não deveria guardar;

Mas vidas são passageiras
E haverá sempre um motivo:
Talvez teu nome bem grifado,
Ou um recado escrito rasurado;

Se não nos foi indiferente
Não há mesmo como evitar:
Eu penso no que está por vir,
Me esqueço que você não veio;

Parece que não há mais lugar:
Eu me dou conta de quem sou,
Eu acho até que me feri sozinho;

Mas - acorda - é a saga e a sina
O que nos ensina essa desordem?

Um alguém - um espelho humano
Quem nos pode ter para nos perder?

E se você chegasse a tempo
Por um segundo eu ficaria feliz:
Mas este é só o fim de uma espera
Antes que uma outra então comece;

Eu te reconheço feito inverno
Pois viemos de dias tão remotos:
E aqui entre o mar e o oitavo andar
Crescem anjos de pedra pelo jardim;

domingo, 12 de junho de 2011

O Que Você Vai Ser Quando Você Crescer...

Um coração
- arrancado aos pedaços -
A permissão antes da ilusão?
Algo que se negará três vezes?

A casa cheia
- uma imperfeita simetria -
Por que tudo está tão quieto?
Onde te levaram tais palavras?

Amanheceu
- e agora essa luz tão clara -
Você escutou o despertador?
O que é que há de mal nisso?

Todos os dias são...

Tão pequenos improvisos:
E pro teu mais profundo eu
Uma coleção de coincidências;

E sempre alguém procura por ti
Eu também vi - as coisas vão além

E viramos dois - ombro no ombro
O amor em um brusco movimento;

Bem eu sei o que acontece
Quando se espia senhor estrago:
E talvez não corramos mais perigo;

Mas será que você pode acudir
Ao que irá se fazer nossa morada:
A vida é o melhor lugar pra se viver;