Chuva Na Vidraça
Porque tudo se espera
É se ter alguma proteção
E em cada esmola e vitória
Vem sempre o mesmo crime;
E assim pesou espesso
O ar com cheiro de solidão
E quem nos faria tudo enfim
Já não achou mais o que fazer;
Temos estas lembranças
E as lembranças não nos tem
Mas talvez só tenhamos errado
A nossa própria lei e a sentença;
Hoje a maré subiu bem mais tarde
- ondas serenas quebram ao longe -
Hoje sei preciso onde é o meu lugar;
E que mais nada seja igual
- não ter pra onde ir -
Levanta o véu da tua tristeza;
Se fomos loucos e fomos santos
- ainda somos brandos -
Só por ver graça em amar de novo;
Há um quê de tão contínuo
A construir um bom conselho:
Esquece - foi há muito tempo atrás
Que você pense tão impossível
Pois então te dou o que era meu:
Descansa - põe teus pés sobre o sofá
sábado, 15 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Atrás Dos Olhos
Tanto perto o tremor
Que a tarde escureceu:
Pra subir até o teu quarto
Precisei agarrar o corrimão;
É atento teu entender
Como vai desaproximar:
De tempestade e terra seca
Duram o que há para durar;
E se num dia qualquer
Chegasse então o futuro:
É ver o erro em perspectiva
Ter que desfazer os porquês;
Sei - não faz sentido algum
Mas - e se eu te dissesse como
Bem - por onde você começaria?
E tantas vezes fiz você dormir
E meu coração ao lado acordado;
E se tivera tido tédio ou temor
- e de bom grado me servia –
Eu me afoguei em tua correnteza;
E se assim nada mais existir
Resta o pedido “nunca esquecer”
Deixa o vento abrir o teu ouvido;
Então me faça forte outra vez
Me mata essa fome “tão distorcida”
Apaga o rastro pra eu não te seguir;
Tanto perto o tremor
Que a tarde escureceu:
Pra subir até o teu quarto
Precisei agarrar o corrimão;
É atento teu entender
Como vai desaproximar:
De tempestade e terra seca
Duram o que há para durar;
E se num dia qualquer
Chegasse então o futuro:
É ver o erro em perspectiva
Ter que desfazer os porquês;
Sei - não faz sentido algum
Mas - e se eu te dissesse como
Bem - por onde você começaria?
E tantas vezes fiz você dormir
E meu coração ao lado acordado;
E se tivera tido tédio ou temor
- e de bom grado me servia –
Eu me afoguei em tua correnteza;
E se assim nada mais existir
Resta o pedido “nunca esquecer”
Deixa o vento abrir o teu ouvido;
Então me faça forte outra vez
Me mata essa fome “tão distorcida”
Apaga o rastro pra eu não te seguir;
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