sábado, 15 de outubro de 2011

Chuva Na Vidraça

Porque tudo se espera
É se ter alguma proteção
E em cada esmola e vitória
Vem sempre o mesmo crime;

E assim pesou espesso
O ar com cheiro de solidão
E quem nos faria tudo enfim
Já não achou mais o que fazer;

Temos estas lembranças
E as lembranças não nos tem
Mas talvez só tenhamos errado
A nossa própria lei e a sentença;

Hoje a maré subiu bem mais tarde
- ondas serenas quebram ao longe -
Hoje sei preciso onde é o meu lugar;

E que mais nada seja igual
- não ter pra onde ir -
Levanta o véu da tua tristeza;

Se fomos loucos e fomos santos
- ainda somos brandos -
Só por ver graça em amar de novo;

Há um quê de tão contínuo
A construir um bom conselho:
Esquece - foi há muito tempo atrás

Que você pense tão impossível
Pois então te dou o que era meu:
Descansa - põe teus pés sobre o sofá

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