
Eu conto histórias de nenhuma glória:
Nos vitrais d'uma igreja abandonada,
Cruzadas, guerras santas perdidas;
Despedidas demais, virtudes adiadas;
E enquanto houver o abandono,
O cansaço vai dobrar os joelhos
Na areia quente do campo fértil,
Onde teu coração é pleno e dono;
E por preces, o deserto,
É um oásis no meio do nada;
E por drama, manteremos
O silêncio mais perverso;
À velocidade destes dias insensatos
Nós não estaremos imunes:
Com um outro rosto, um outro corpo,
Nós não passaremos impunes;
Tantas idas e vindas não é maldição:
É tão nobre, minha cara consorte,
Que nos descaminhos do coração
Há de tudo, menos o rio da morte;
E da lama, o lodo,
É de barro transparente;
E de pedra, pisaremos
O tapete mais macio;
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