
Todo pássaro constrói
O seu próprio ninho;
E toda esperança
É a fé mais natural;
E toda rosa que têm,
Suporta o seu espinho;
Que são só espinhos,
Não um vil veneno mortal;
Ninguém entende
- Bendito seja o fruto proibido -
Solidão que some, mas tudo bem:
Ninguém entende
- Usas sem pena o furto cometido -
Deixa pra lá:
Levantar âncora, vamos zarpar;
Deixa pra lá:
Velas ao vento, vamos navegar;
Não é nenhum fim do mundo;
Foi assim: amei, amamos,
E nos perdemos;
E eu vou buscar, eu vou procurar,
Ainda que afundemos;
E se não foi o melhor final,
O final feliz, quando der, virá:
Virá cuidar, e nos sustentará;
Virá cuidar, e por nós ele olhará;
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