
Começando tudo de novo,
Fugir antes da razão
E ocupar o seu lugar,
Onde não há ninguém;
Já não há porque fingir,
Não há o que falar
Que não seja com fervor,
Só pra parecer honesto;
E assim você vai saber,
A partir daquele gesto,
Dizer milhões de coisas
Em poucas frases curtas;
E assim você vai saber
O quanto se tem pra dar,
O quanto se pode tomar;
E antes que eu me entregue,
Pouca coisa me interessa:
Pra que o torpor reaja assim,
Eu não vou me embriagar;
E ainda que eu me aborreça,
Ao que mais nos interessa:
Eu vou querer ver o que chegar,
E eu vou querer você pra mim;
E é sempre assim, o sentir:
Que o novo é mesmo assim,
Que vai trazer você pra mim;
Nenhum comentário:
Postar um comentário