
Parece que algo mudou:
Tua boneca não é de pano,
Meu chapéu não é de jornal
- Bem-vinda à vida real -
O que temos nas mãos
Faz da sorte, o beijo, o porte,
De toda tristeza mais cruel,
A alegria e o compromisso;
E neste exato momento,
A gente muda de assunto,
A gente perde o interesse,
A gente pede as desculpas:
Pra notícia que não chegou
Pra contar o que se esperou;
E o poema que ninguém leu
Pra lembrar o que aconteceu;
Mas deixe estar, eu vou ficar
O tempo todo a observar,
Daqui até onde for, deve existir,
Alguém que nos faça permitir:
Apagar tanta intolerância,
Acordar tola sonolência,
Esfriar toda indiferença;
Alguém que vai nos provocar,
Alguém que vai nos dirigir,
Alguém que vai nos estender:
Os conselhos mais perfeitos,
E as palavras mais bonitas;
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