segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Outono

Vamos passear no quarteirão,
Olhar as casas e os prédios:
A cidade nua está recolhida,
A cidade nua jaz adormecida;

Aqui fora faz um frio danado,
Mas você se deixa induzir
Pra qualquer lugar inesperado,
Assim...Quase sem sentir;

Vamos passear no quarteirão,
Olhar as casas e os prédios:
Quem nos mira das sacadas,
Quem nos espia sem admitir:

Que a sinfonia, a medida exata,
É a paz,
Em ter no ter o que se tem,
A sinfonia, a suave melodia,
E a paz,
Que o saber viver nos dá;

E destas crônicas,
Somos os peregrinos;
E cada vez igual é diferente:
Não sei se o tempo é que voou,
Ou meu coração que aterrissou;

Não nos preserve por herança
Nem nome e nem mesmo idade;
Pois é bem verdade que a bonança
Sempre cai depois da tempestade;

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