sexta-feira, 21 de março de 2008

Paris, Texas

Imagens vivas num cartão postal
E pra cada face havia um nome,
Mas veja só o que me aconteceu:
Há tempos os anos já venceram,
E ainda hoje riem e fazem graça;

Não era bem isso o que eu queria
Mas nem por isso tudo se perdeu:
Na poeira das estranhas estradas,
Um coração cansado pede carona
Pra chegar mais perto da tua rua;

E seja como for, o que acontecer,
A gente sempre toma como certo
O que soa bem a qualquer situação,
Que faça um pequeno mundo girar;

Será que você entende os maus sinais?
Sinais vitais de um fim de século voraz?
Será que pra você já não importa mais?

Desculpe, mas esse é só o meu jeito
De acreditar que não há o que temer:
E nada que tenha o feito de esquecer
Será maior que a vontade de lembrar;

Mas pra onde quer que eu possa olhar
Me diz por onde é que anda nossa tribo:
Atrás de muros altos? Telhados de vidro?
Soltos pela vida, em paz consigo mesmo?

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