
A porta aberta,
Tinha mesmo que ser assim?
Os lábios mudos,
Eu não sabia que eram meus;
Qual é a prece
De quem te leva pelas mãos?
Olhe pros lados,
A lua dorme pro sol nascer;
E o mais difícil
É o ser feliz quando se quer,
O que há de errado,
Se não há mais nada a fazer?
E pode ser:
Que a desordem dos teus beijos
Traia a honra e o sentido;
Não importa:
Que o vestígio dos teus passos,
Eu não siga tão de perto:
A tua pele, o teu suor, a tua alma,
São minha sombra neste deserto;
Ainda há tempo,
E com você o que é que virá?
Eu ouço boatos
De que os anos te cansaram;
E um recomeço
É um teu anseio não chorar;
Não pare agora
Que grama cresce sob pedras;
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