terça-feira, 3 de junho de 2008

Labirintos Urbanos

A porta aberta,
Tinha mesmo que ser assim?
Os lábios mudos,
Eu não sabia que eram meus;

Qual é a prece
De quem te leva pelas mãos?
Olhe pros lados,
A lua dorme pro sol nascer;

E o mais difícil
É o ser feliz quando se quer,
O que há de errado,
Se não há mais nada a fazer?

E pode ser:
Que a desordem dos teus beijos
Traia a honra e o sentido;

Não importa:
Que o vestígio dos teus passos,
Eu não siga tão de perto:

A tua pele, o teu suor, a tua alma,
São minha sombra neste deserto;

Ainda há tempo,
E com você o que é que virá?
Eu ouço boatos
De que os anos te cansaram;

E um recomeço
É um teu anseio não chorar;
Não pare agora
Que grama cresce sob pedras;


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