quarta-feira, 28 de maio de 2008

Tardes Em Viena

E mais uma vez no teu
coração
Aquele sonho em cores abstratas,
Imagens moldadas pelo tempo,
Que nem mesmo ele pode apagar;

Mas se tudo parece fora de ordem,
Um dia você vai parar pra pensar:
A vida, a morte, têm a mesma face
Nos dois lados das nossas moedas;

E você julga que já está decidida,
E não faz justiça se não for vivido;
Eu não sei por que prefere esperar
Que o acaso tome conta do destino;

E de cada estranho que te encontrar
Vai ouvir a mesma história e saber:
Se o amor não tem medo de errar
Quem é você pra tão cedo se perder?

A vida nos entrega e não lamenta,
E o tempo segue sem envelhecer:
Aos dias de ontem, talvez um adeus,
Aos dias de amanhã uma saudação;

Os anos podem consumir a magia
De que são feitos os nossos sonhos,
Mas do sopro sussurrado de um anjo
Saem os compassos de uma nova valsa;

As luzes se acendem na velha cidade,
Nos Cafés vidas alheias passam por ti:
Pra onde é que você vai depois daqui?

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