terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Paris, 1944

Ah! A quem acreditar
É outro Agosto reposto:
Beber de novo água pura
Que o dano real já passou;

A tarde cinza anunciou
Uma nova voz para guiar:
Quando o amor é um temor
A quem entrega a sua alma;

É tão humano ao partir
Não querer se machucar:
E vai liberta nesta multidão
Que faz nossa cabeça rodar;

A alguns corações a salvo
E lá se vão nossos instintos
E mil voltas a um recomeço;

Deixa...pra lá
Só me estenda a mão:
Mais uma guerra acabou;

E o agora...
São boas e más memórias
Que o futuro tem;

Eu já disse a Deus - perdão
Mas eu sinto pelo que se viu:
O mundo um grande tumulto;

E você disse - ficaremos bem
Mas eu acho que saí andando:
Fui lutar longe de mim mesmo;

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