terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Finis Africae

Exaustos e ausentes,
E agora da diferença
Já não é o que fomos:
Tão nobres ou vulgares;

Dez crimes e castigo
- Sei não posso resistir -
Mas todo temor atroz
Vira quase Idade Média;

E se resta Inquisição,
Por ti deixo que arda
O impulso e a elevação,
Até mesmo uma verdade:

De ti lavro tal saudade
Pra reler dentro de mim
Quem assim nos repetisse;

Não lastimo o que senti
E tem ainda esta desordem:

Nem culpados nem isentos,
Quem roubou nossa partilha?

É errar por si o outro
O que cega essa gente:
É de crença e conceitos
Que nos pregam a moral;

Esqueças o não fraterno:
Só a nossa própria história
É prefácio do bem e do mal;

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