
Destes dias e seus acasos
De nós tão pouco restará:
Como é que vamos explicar
Quem éramos aos que virão?
Mas entre tantos pesares
Alguma alegria nos iguala:
Disfarça a falta que nos faz
O que já nos pôde acontecer;
E de quem olha pra você,
Do que você queria ouvir
Talvez agora possa lhe falar,
Ou seja mesmo o teu reflexo;
Será que vamos conseguir
Sem passar a vida a limpo,
Sem tentar só uma vez mais?
Qual é o gosto da esperança
Nessa beleza cada vez mais rara?
Qual é o segredo escondido?
E esse sorriso em minha direção?
Então espera, não resista:
Aceito teu desejo manifesto
Traz com ele as tuas verdades,
E tão nova a cor da tolerância;
E o futuro que nos venha
Ao coração então empenhe
Um velho costume de ser feliz
Justo com o pouco que se têm;
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