terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Monnalise

Destes dias e seus acasos
De nós tão pouco restará:
Como é que vamos explicar
Quem éramos aos que virão?

Mas entre tantos pesares
Alguma alegria nos iguala:
Disfarça a falta que nos faz
O que já nos pôde acontecer;

E de quem olha pra você,
Do que você queria ouvir
Talvez agora possa lhe falar,
Ou seja mesmo o teu reflexo;

Será que vamos conseguir
Sem passar a vida a limpo,
Sem tentar só uma vez mais?

Qual é o gosto da esperança
Nessa beleza cada vez mais rara?

Qual é o segredo escondido?
E esse sorriso em minha direção?

Então espera, não resista:
Aceito teu desejo manifesto
Traz com ele as tuas verdades,
E tão nova a cor da tolerância;

E o futuro que nos venha
Ao coração então empenhe
Um velho costume de ser feliz
Justo com o pouco que se têm;

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