sábado, 22 de novembro de 2008

Todas As Manhãs Do Mundo

E se você dormisse,
E se teu sono revelasse:
O cansaço de teus lábios,
Quem chega indo embora?

E que você sentisse
Tanta falta e acordasse:
E fosse como outras vezes,
Que fica difícil de respirar?

Será que vai acontecer
Quando tudo nos levar
Além-mar em novos sonhos?

E quando tudo aportar
Na ilha de um amor-perfeito?

E você sempre a pedir
Quase o mesmo até o fim,
Ainda não consegue ver:

Perder a vida num segundo
É o alto preço pra quem ama;

É a verdade que se entrega
Nas mãos de quem se devora;

Acenda todas as luzes,
Não há nada errado aqui:
De tão fácil é complicado
Que a gente nunca aprende;

Já não podemos parar
E nada vale uma traição:
Às vezes não se pode evitar
Um certo ar de quem desiste;

Um comentário:

Anônimo disse...

Deus do céu!
Há nesta rede, preciosidades inesperadas e imensas, como este blog seu que encontrei por acaso, remexendo no google.
Andei aqui, lendo as antiguidades e me encantando tanto que até esqueci o que estava fazendo antes.
Belíssimos poemas, incomparáveis!
Já coloquei nos meus favoritos e voltarei sempre para ler.
Perdoe-me por não comentar este poema especificamente. Mas li tantos aqui, e tão belos, que estou com a mente cheia de variados versos. misturados nesta leitura rápida.

beijos, boa semana para você.