domingo, 7 de setembro de 2008

Angeline

E já não podemos mais parar:
Por que esperam algo de mim
- Se não há lírios sobre a neve -
E andamos sempre tão sozinhos?

Está frio aqui, você não sente?
O erro visto nas horas recentes
- Vestígios de uma velha era -
A nos assustar por quase nada?

E em cada manhã do mundo,
Esperamos que essa vida curta
- Outra de nossas vidas tantas -
Nos leve pra um melhor lugar;

E nos negue qualquer tristeza
- Que não passe de má sorte -
Não se ter mais nada para dar;

E perto demais nós somos distantes,
E pra onde vai essa independência?
Pra onde vai nosso nômade coração?

Qual é a tua idade, qual é o meu dever,
O que dizer, o que nos resta pra fazer,
Se nem todos fazem juntos tal viagem?

E o que é estar do lado errado
Pra quem quer julgar tua decisão?
- Deixe pra lá o que não presta -
Quando nada impedir a tua volta;

E se não há nada, nem ninguém:
Saia de dentro dos teus devaneios
- Que não mentem ser só tua -
A falta de bom senso e coragem;

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