
A chuva quer ir embora
E nos espelhos d’água
O amanhã já começou:
Sentado à beira do caminho,
As pessoas passam apressadas;
E eu guardo memórias
Sem nenhuma lucidez,
Que incendeiam minha vida:
Amores em curtas-metragem;
O que fizemos pra ser assim,
E qual será o próximo passo,
Quem será a próxima vítima?
Mas você e seu sorriso franco,
Seus cabelos negros ao vento,
O que busca que não tem em si?
Será que pensa que não existiu?
E a cidade ficou abandonada,
Já não somos quem se diverte
Por estas ruas nas madrugadas:
Hoje esquinas separam mundos;
E pra ti há uma nova intenção
E pra mim só a mesma ilusão;
Se aqui ficam os versos tristes,
Pra ti ficarão palavras sem juízo?
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