Eu guardei pistas por aí,
Figuras pintadas em pedra,
Poesias em espaço imaterial:
Um futuro para ti reconhecer;
E por ora já perto daqui,
Se dentro do vaso na janela,
Do meu casaco preto e gasto:
De novo meu novo aniversário;
Com os pés rentes ao chão,
De mãos dadas e mãos limpas,
Olho no olho seu olhar infantil:
Vi eu e você a procurar por mim;
Sem retoques a tua cor e o clarão:
Então admirável novo mundo se fez
À tua condição;
E recolhi meu jeito já seco do varal:
Abri meu peito à força do teu vendaval;
E a toda norma e forma - desobedecer
E em cada face e a cada fase - sobreviver
Há um gatilho por disparar:
E se passa a passo o presente
É à tua constância que me atrelo
E me atrevo a envelhecer em paz;
É o que trago e o que tenho:
Mas que isso leve até me pese
Levo como saudade não vulgar
A não vogal que inicia o teu nome;
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