Helenna
E tão estranha e linda,
Sem ter medo e sem ter fome,
Você se foi e eu não vi os rastros,
Como caravanas cortando desertos;
E junto a ti a confiança
Daquele a quem você deu vida,
Faz da solidão quase um desabafo,
Tal como um veleiro em mar aberto;
Eu quis estar tão certo
Do que dizer sem parecer insano:
Imaginei que o sol pudesse congelar;
Eu quis ficar mais lento
E ao lembrar não parecer injusto:
Se chegaste ao céu, tua lua é mansa;
Que vença a falta o infinito amor:
Que venha sem culpas o teu amar;
E que você possa ver um lindo dia
Sempre que encontrar um dia ruim;
E assim que eu aprender,
De frente pra qualquer inimigo,
Vou só escutar o canto das ilusões
Como cata-ventos zombando o vento;
Meu trem já quer partir,
Levar consigo o poder acreditar:
Somos passageiros que vêm e vão
Tal como um nevoeiro sobre a cidade;
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