Nascente
Outra vez
E onde estamos:
Conto ao contrário
Dias, meses e anos a fio;
Estava ali
Mas ninguém viu:
Vida nobre imensa,
A decência a nossos pés;
Eu te amo
E mais não posso:
Tanto ainda somos
Da procura nunca o mal;
E dos escombros
Aflora como plantas
A essência do ser incompleto;
E quem te convidará
Pra de novo ter algum futuro?
Tão exatos e tão incautos:
Tardios amores não são raros
Como as falas de cinema mudo;
Sei em mim
A paz que procurei:
E pra você a mesma luz
Longe de simples certeza;
Direi “é sim”
E soe bem a palavra:
Ou dure ainda que seja
Tatuada com giz de cera;
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