terça-feira, 22 de dezembro de 2009



Adeus Às Ilusões

Parecia - era pouco
Amor do quase nada:
E de tudo nos serviu
O que foi de mais valia;

E mais do que isso
Há muito era o aviso:
É borrasca ao oceano
Aonde a onda se retrai;

E sobre nossas cabeças
- Marquises tão pesadas -
Poluem falhas de mortais;

E tanto ar ou mesmo fogo:
Somos quase confusão;

Somos todos terra e linho:
Kamikazes por perdão;

Esse é o nosso mundo:
E a cada Davi caberá assim
Derrubar seu próprio Golias;

E como quer que me vejas:
Sou relato do que se fizera feliz
Mas diverso ao que você queria;

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


Anna K.

Se não mais o “ver”
Ou “como vai você”
Não há o que punir
A essa nova elegância;

Foi-se nosso plano:
É que nos precedeu
A lógica dos inocentes;

E faça essa solidez
Tão apenas que você:
Vença tudo que mereças;

Absolva até um passado
Mas não a tua identidade;

E de ti aqui tenho comigo
O que cabe em meu bolso:
Mas o que reza essa espera?

Imagino - alquimia e paraíso
Sonhos tantos e mal contidos;

Enquanto isso - só mitologia
E pra sempre é sempre “será?”

Há quanto tempo te conheço,
Por quanto tempo vou guardar?
Ah! Se eu soubesse - não durava

E que exponha crua realidade,
Eu repito mantras de saudades:
É difícil feito verbos - feito crase




terça-feira, 8 de dezembro de 2009


Uma História De Ontem...

Tantas promessas
Te pedem pra ficar,
Indulto que não tens:
Quem está por chegar,
Deixe - vais reconhecer;

Feito céu dia e noite,
Sentinela que não cai,
Vi você tão longe perto,
Alerta - meu imaginário;

Aeroplano em pleno voo
- E ao que li em ti calado -
Oferto o meu vocabulário;

Mais que palavras - então
A cada silaba faltara o tom;

O dom - e já não despeito
Quisera eu ser tua perfeição;

De aço era teu soluço,
Que estavas preocupada:
Foi por ser meio prudente
Às curvas de nossa estrada?

Temos gana, temos nada,
Quase igual pressentimento:
Será de poças, será de rocha,
A constância de nós mesmos?